A suspensão do consignado pegou muitos aposentados do INSS de surpresa. Afinal, Bradesco, Itaú, Pagbank, Daycoval, PAN e outros bancos anunciaram a suspensão das linhas de crédito. Todavia, essa decisão foi depois do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduzir as taxas máximas de juros dessa modalidade de 2,14% para 1,70%.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos não têm condições de pagarem os custos de captação de clientes com as novas taxas determinadas. Portanto, seria uma ação que gerará déficit.
Na noite do dia 16, a Caixa e o Banco do Brasil também informaram a suspensão do consignado para aposentados do INSS. Confira os detalhes.
Suspensão do consignado do INSS
Hoje em dia, 89% do crédito consignado de aposentados do INSS é concedido por bancos privados. Portanto, a Caixa e o Banco do Brasil atuam em 11% dos empréstimos e cobram taxas acima dos 1,70%. Ou seja, diferente do que ficou definido como teto no último dia 13.
De acordo com informações divulgadas na imprensa, o Palácio do Planalto viu a decisão do CNPS como mais uma medida tomada sem passar pelo núcleo do governo. No dia 14 de março, o presidente Lula repreendeu ministros e integrantes do governo que tomam decisões sem consultar a Casa Civil.
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O Ministério da Fazenda alertou a Previdência Social, antes da reunião de segunda, de que a decisão iria ser um tiro no pé. Afinal, ao invés de ampliar a oferta de crédito, poderia reduzir as linhas do consignado.
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O que dizem os bancos?
De acordo com o Banco Daycoval, mediante a aprovação do novo teto, ele optou pela suspensão do consignado para aposentados do INSS e vai concentrar os esforços para a operação de empréstimo para funcionários públicos. Afinal, o primeiro público não são economicamente viáveis.
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Para o Banco PAN, depois da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), houve a suspensão temporária de novas operações consignadas do INSS. O mesmo ocorreu com o Pagbank e o Itaú.
Governo pode voltar atrás em sua decisão
Após os bancos anunciarem a suspensão do consignado, o Governo Federal pediu para que os ministros atuem em conjunto. Afinal, os bancos alegam que, depois da decisão de reduzir as taxas de juros, fica inviável oferecer o crédito.
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Portanto, de acordo com a notícia divulgada na Central Globonews, o Planalto deve recuar quanto à decisão da redução dos juros do consignado. Isso porque, muitas reclamações chegaram até o Congresso. Todavia, é necessário aguardar o pronunciamento oficial do presidente quanto ao recuo da redução das taxas.
Em reunião com ministros, na noite do dia 20 de março, o presidente Lula deu ordem para resolver a questão do consignado com urgência máxima. O governo decidiu elevar novamente os juros do consignado, porém, com taxa inferior a praticada anterior.
A ideia é manter um meio-termo que favoreça aposentados, mas não prejudique a comercialização do crédito por parte dos bancos e financeiras.
Segundo fonte extra oficial, especialistas estimam que esta taxa fique entre 1,85% e 1,99%. Desta forma, torna-se viável a liberação do consignado. Além disso, a volta do consignado também permitirá o refinanciamento dos contratos, bem como maior saque no cartão de crédito.
Uma nova reunião está marcada para o próximo dia 28 de março, para ser então decidida a situação do empréstimo consignado do INSS. Até lá, o mesmo segue suspenso pelos principais bancos e financeiras do país.
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