O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrenta uma situação desafiadora nos últimos tempos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia feito promessas durante a campanha eleitoral de reduzir e até eliminar a fila de espera por benefícios previdenciários. No entanto, contrariando tais promessas, tem havido um aumento significativo no número de pessoas aguardando na fila. O presidente do INSS, Glauco André Fonseca Wamburg, fez declarações preocupantes sobre a situação do instituto.
Presidente do INSS admite crise e faz anúncio preocupante para segurados
Na última segunda-feira (5), o presidente do INSS participou de uma entrevista ao jornal Correio Braziliense, abordando especificamente o alto número de pessoas em espera. De acordo com os dados mais recentes do Boletim Estatístico da Previdência Social, a fila aumentou de 930 mil em dezembro de 2022 para 1,2 milhões em março de 2023. Essa situação tem gerado grande preocupação no âmbito governamental.
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Os principais afetados são aqueles que necessitam passar por avaliação médica antes de terem seus benefícios aprovados. Isso inclui pessoas que solicitam auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Em relação ao BPC, destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, eles representam 34% daqueles que aguardam na fila.
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Durante a campanha eleitoral, Lula afirmou que seria viável eliminar completamente a fila de espera do INSS caso fosse eleito presidente novamente. Ele argumentou que o “mundo está digitalizado e muito mais avançado”. No ano anterior, a inteligência artificial foi utilizada para analisar os pedidos, mas uma parte deles foi erroneamente aprovada ou negada pelo sistema automatizado.
Falta de funcionário
Durante a entrevista realizada na última segunda-feira (5), Glauco Wamburg, presidente do INSS, responsabilizou a carência de servidores pelo aumento da fila de espera. Ele admitiu que nos últimos dez anos, pelo menos metade do contingente de funcionários da autarquia foi perdida. O motivo está completamente vinculado à aposentadoria desses indivíduos.
” (…) Nos últimos 10 anos, perdemos mais da metade da nossa capacidade de servidores. Dobramos a quantidade de tarefas e reduzimos a nossa capacidade de análise”, disse o presidente do INSS.
Ele também enumerou outras justificativas que podem explicar a crise atual, como a pandemia de Covid-19 que resultou no fechamento das agências por um período de sete meses. Além disso, a reforma da Previdência aprovada em 2019, que trouxe mudanças nas regras para a concessão de aposentadorias e benefícios, exigindo que os servidores se atualizassem.
Na tentativa de resolver essa situação, o Ministério da Previdência está pressionando o Ministério da Gestão e Inovação para realizar a nomeação dos aprovados no concurso para técnicos do INSS, os quais ainda não foram convocados. Nesse processo, serão preenchidas 1.000 vagas, e Glauco acredita que essas pessoas serão nomeadas em um período breve.
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