O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai adotar a inteligência artificial para detectar fraude em atestado médico. Portanto, a expectativa é que ainda em dezembro entrará em operação um novo sistema com robôs, fazendo o cruzamento em bancos de dados para mapear irregularidades. Mas a ferramenta estará em pleno funcionamento no início de 2024.
O INSS informou em nota que o sistema vai aprimorar a checagem de dados, principalmente no Atestmed. Esse é o sistema utilizado para o envio da documentação médica de forma digital por parte do segurado, dentro do site ou do aplicativo Meu INSS. O objetivo é detectar fraudes.
Hoje em dia, esse monitoramento dos atestados é feito por amostragem. Portanto, veja mais detalhes sobre o sistema de fraude em atestado.
Responsabilidade para evitar fraude em atestado
Com a inteligência artificial, serão conferidos nos atestados:
- a identificação dos médicos;
- os registros no CRM;
- a grafia dos profissionais;
- os disparos em massa de um mesmo IP.
Segundo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, quem fraudar atestados médicos vai responder criminalmente.
O sistema já identificou alguns casos de fraude em atestado e eles foram entregues à Polícia Federal, que tomará as medidas necessárias. Portanto, a pessoa que apresentar atestado médico falso vai responder criminalmente.
Um dos casos detectados e entregue à PF foi o de uma profissional de São Paulo com quatro padrões de letras diferentes. A médica sequer trabalhava no hospital informado no atestado médico.
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Recentemente, o INSS adotou uma série de medidas para tentar reduzir a fila de segurados aguardando que as solicitações de aposentadorias, pensões ou auxílios-doença sejam processadas. Portanto, entre as estratégias estão:
- o envio de documentação por meio da plataforma do INSS;
- pagamento de bônus a servidores que trabalharem fora do horário regular de serviço na análise dos processos;
- atendimento à distância via telemedicina.
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Mais de 1,6 milhão de pedidos na fila do INSS
Segundo o Portal da Transparência Previdenciária, a fila do INSS tem 1,63 milhão de pedidos aguardando análise. Mas as informações dizem respeito aos números de setembro, os mais recentes divulgados pelo governo. Do total:
- 55% aguardavam análise dentro do prazo de 45 dias
- 20,7%, de 46 a 90 dias, ou três meses
- 15,2%, de 91 a 180 dias, ou seis meses
- 7,5%, de 181 dias a um ano
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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que o governo mantém o plano de, até dezembro de 2024, atender todos os pedidos de aposentadorias, pensões e auxílios em até 30 dias. Portanto, 15 dias a menos do que o prazo legal. A intenção é colocar todo mundo em 45 dias de espera, até o final de dezembro.
Desafios do sistema
Em novembro, foi divulgado o resultado de uma auditoria conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU). Portanto, revelou que seis em cada dez pedidos de benefício analisados pelos robôs do INSS foram negados.
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Essa informação trouxe preocupações para os contribuintes que buscam aposentadoria, uma vez que representa um aumento em comparação ao ano anterior. Afinal, foram rejeitados 45% dos pedidos de benefícios previdenciários, um percentual inferior aos 65% registrados em 2022.
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