O relatório do Citi expõe que os mercados financeiros podem ter se enganado ao se convencer de que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva seguiria uma agenda fiscal ortodoxa. Portanto, o banco decidiu cortar sua exposição aos riscos do Brasil após fazer essa reavaliação.
Segundo a instituição financeira, o mercado parecia ter se convencido de que Lula seria fiscalmente ortodoxo. Porém, o fluxo de notícias mais recente agora coloca essa hipótese em dúvida.
O comentário foi divulgado depois que os ativos brasileiros despencaram no último dia 10. Essa foi a consequência dos temores de descontrole fiscal durante o governo de Lula. Afinal, o petista planeja propor uma emenda constitucional para acomodar gastos extra-teto em 2023, além de ter feito críticas recorrentes às atuais regras fiscais do Brasil.
Investidores também reagiram mal à inclusão do nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, visto como menos ortodoxo, na equipe de transição do presidente eleito.
Citi se preocupa com a queda da bolsa de valores
No dia 10 de novembro, o dólar disparou mais de 4% frente ao real. Esse foi o maior ganho diário desde o início da pandemia! Mas, em contrapartida, o IBOVESPA despencou 3,35%, a maior queda desde novembro de 2021.
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Conforme o Citi, os ativos do Brasil vinham se mostrando bastante atraentes antes dessa queda. Portanto, a alocação está provavelmente saturada, o que pode levar a um tempo de reação mais longo do que apenas um dia. Espera-se mais tempo para a bolsa se recuperar.
O banco ainda ressalta que o fato de a notícia chegar num momento em que o resto do universo emergente está recebendo forte apoio de um índice de preços ao consumidor dos EUA abaixo do esperado não ajuda. Por isso, passaram a ficar de lado e cortaram o risco que tinham com o Brasil.
Entre as medidas adotadas, o Citi detalhou que reduziu suas posições vendidas no par dólar australiano/real, pois apostam na queda da divisa australiana frente à brasileira. Além disso, levou as posições do Brasil em sua carteira de títulos de mercados emergentes de volta ao nível neutro.
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Lula critica estabilidade fiscal
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso com críticas à “estabilidade fiscal”. Ele defende que é preciso colocar a questão social na frente de temas que interessam, segundo ele, apenas ao mercado financeiro. Mas o petista também questionou por que ter meta de inflação e não ter meta para o crescimento do PIB.
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