O número de concessões de empréstimo consignado para beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve uma queda mensal de 40,5% em março, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (26).
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Queda do empréstimo consignado:
Em fevereiro, foram concedidos R$ 6,5 bilhões em empréstimos, enquanto em março esse valor caiu para R$ 3,9 bilhões. A redução ocorreu em meio à suspensão temporária das concessões dessa linha de crédito para aposentados e pensionistas, devido ao impasse envolvendo o teto da taxa de juros da modalidade.
O consignado teve sua taxa de juros reduzida de 2,14% para 1,70% ao mês pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) em 13 de março. Essa revisão resultou na suspensão das operações de empréstimo por bancos públicos e privados, como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Santander, entre outros. A taxa reduzida significaria uma rentabilidade negativa de 0,23% nas operações, de acordo com estimativas feitas pelo setor financeiro, o que não é permitido pelo Conselho Monetário Nacional.
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O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, afirmou que a queda nas concessões em março foi “um comportamento bastante distinto” das submodalidades do mesmo grupo, mas não explicou os motivos. Como já noticiado pela Folha, a mudança provisória na taxa de juros decorreu de um ruído entre o ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Após o impasse envolvendo os juros da linha de crédito consignado para aposentados e pensionistas, o CNPS aprovou uma revisão do limite da taxa de empréstimo com desconto em folha, elevando o teto para 1,97% ao mês, duas semanas após a decisão original. Essa proposta do governo foi definida em uma reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Lula, os ministros Carlos Lupi, Fernando Haddad, Luiz Marinho e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.
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Banco Central:
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, as concessões de empréstimos no Brasil tiveram uma queda de 1% em março, na comparação com fevereiro. O estoque total de crédito, por sua vez, subiu 0,7% no período, chegando a R$ 5,361 trilhões, com um avanço de 15% em 12 meses. As concessões de financiamentos com recursos livres e recursos direcionados tiveram queda de 2,1% em relação ao mês anterior. A inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 4,6% em março, enquanto as taxas bancárias médias subiram, com os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre alcançando 44,3%.
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