Um dos principais setores para criar propostas na campanha eleitoral é a economia. Luís Inácio Lula da Silva, novo presidente eleito, criou algumas estratégias que pretende lançar em seu mandato que inicia em 2023. Uma dessas é o Desenrola Brasil, que pretende combater o endividamento das famílias.
Muitas famílias brasileiras enfrentam situações de crise financeira e recorrem à linhas de crédito para tentar suprir suas necessidades. Entretanto, em meio a essas contratações de valores, acabam sofrendo com um descontrole nas suas finanças e seus nomes acabam indo para serviços de proteção ao crédito.
O ano de 2022 marcou um recorde no endividamento das famílias, que cresceu ainda mais no período eleitoral. Entenda melhor as estratégias para combater esse endividamento pelo novo Presidente da República.
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Desenrola Brasil
O objetivo do Programa Desenrola Brasil é renegociar as dívidas de milhões de famílias que estão inadimplentes, oferecendo descontos e juros baixos. Essa informação é de acordo com o comitê de campanha de Lula.
Conforme o plano de Governo de Lula, a ideia é avançar na regulação e incentivar medidas para ampliar a oferta e reduzir o custo do crédito, ampliando a concorrência no sistema bancário. Dessa forma, será criado pelo Governo um fundo que garantirá crédito para possibilitar a renegociação de dívidas e contas da casa. Veja o que diz o material de campanha:
“Os credores que aceitarem participar do programa deverão oferecer opções de desconto, sendo que os que oferecerem o maior terão prioridade”
Como vai funcionar na prática o Desenrola Brasil?
Em caso de dívida com os bancos, a proposta é liberar para essas instituições depósitos com recursos que têm de ser mantidos no Banco Central pelos bancos. Dessa forma, eles conseguem dar condições adequadas de desconto, prazo e custo para as famílias conseguirem quitar suas dívidas acumuladas no cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal.
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Entretanto, vale lembrar que o Banco Central é uma instituição autônoma e ela terá que concordar com a proposta. O atual presidente da instituição é Roberto Campos Neto, que foi indicado por Bolsonaro e tem mandato fixado até 2024.
De acordo com a assessoria do Presidente Lula, foi divulgado que há ciência de que o Banco Central é uma instituição autônoma e que será preciso negociar. Mas, em sua visão, a assessoria declarou que:
“também é verdade que o Banco Central tem todo interesse objetivo de manter uma situação saudável do ponto de vista do mercado de crédito e do endividamento das empresas e das famílias”
Esses recursos mantidos no Banco Central pelos bancos são os chamados depósitos compulsórios. Eles são uma forma de ajudar regular a quantidade de dinheiro na economia e, com isso, ajudar a controlar a inflação.
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