A fila do INSS é algo, sempre, muito contestado. Afinal, o tempo médio de espera de uma pessoa pela concessão de benefícios pode chegar a até 486 dias. Ou seja, mais de um ano! Mas o prazo do Instituto para análise de benefícios deveria ser de, no máximo, 45 dias, prorrogáveis por mais 45.
No entanto, o que acontece é que o tempo médio para diversos benefícios ultrapassa esse prazo. Os de incapacidade acidentária tem média de 122 dias para concessão. Todavia, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) à pessoa com deficiência tem uma média de 223 dias para aprovação.
Os dados são do próprio INSS, obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).
Quantas pessoas aguardam na fila do INSS?
Conforme a equipe de transição do governo federal, em outubro de 2022, existiam cerca de 5,5 milhões de pessoas aguardando a liberação de benefícios. Mas também na fila dos recursos depois que o mesmo foi negado.
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Somente neste ano, até o dia 14 de outubro, 3.968.325 pessoas deram entrada no INSS pedindo algum tipo de benefício. Contudo, nos anos anteriores, o número de pedidos teve um ‘boom’ devido à reforma da previdência. Isso fez muitas pessoas correrem para solicitar benefícios, e também à pandemia, que fez crescer o quantitativo de pedidos de auxílio por incapacidade temporária e pensão por morte.
Em 2022, os benefícios com maior número de pedidos foram o BPC por deficiência, com quase 705 mil requisições. Em seguida, o salário-maternidade, com 901 mil e as aposentadorias por idade, com 954 mil.
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Robô do órgão previdenciário indeferiu mais pedidos em 2022
O INSS tem uma inteligência artificial criada para analisar pedidos de benefícios de maneira automática. Portanto, ela começou a funcionar na metade deste ano, mas mais recusou do que aceitou pedidos. Foram 220.142 indeferimentos contra 154.784 concessões.
Vale destacar que entre os indeferimentos, foram 84 mil de BPC por deficiência, mais de 50 mil aposentadorias por tempo e 33 mil salários-maternidade.
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Equipe de transição quer aprimorar o robô do INSS
Integrantes da equipe de transição de previdência social do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmam que querem equacionar gradativamente a redução da fila de pedidos em análise. Mas também de pedidos de recursos.
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Segundo integrantes da equipe, é necessária a realização de concursos para contratar mais servidores. Vale ressaltar que o último processo seletivo foi realizado no final de novembro. Portanto, deve contratar, no mínimo, 1.000 novos servidores para o instituto.
Outra sugestão do grupo de transição é aprimorar a programação do robô que faz a análise automática. Assim, caso dê indeferido, o pedido será redirecionado automaticamente para um servidor. Todavia, isso causaria um aumento na fila das análises, mas reduziria o número de pedidos indeferidos de maneira indevida e também a fila dos recursos.
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