A projeção de inflação para o ano subiu de 5,63 % para 5,82 %. A informação consta do relatório “Focus” do banco central divulgado nesta segunda-feira (14). No total, mais de 100 instituições financeiras discutiram as perspectivas econômicas na semana passada. Entenda os impactos deste aumento a seguir!
Por que inflação precisa ser controlada?
A queda na estimativa de inflação para 2022, registrada entre junho e o final de outubro, ocorreu após o corte de impostos em itens-chave como combustível e energia elétrica.
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Esses produtos por si só já afetam a inflação. Também afeta indiretamente os preços de outros produtos, chamados “commodities”.
Por exemplo, se o preço do diesel aumenta, fica mais caro transportar um determinado produto. Os lojistas que revendem este produto repassam a marcação para os consumidores que pagarão mais pelo mesmo produto. A redução de impostos em anos eleitorais foi uma estratégia adotada pelo governo e pelo congresso.
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Outra consequência é no aumento da taxa de juros, na tentativa de freiar a inflação. Os mercados financeiros conservaram suas expectativas para a taxa básica de juros da economia SELIC em 13,75 % ao ano no final de 2022.
Atualmente, a taxa Selic já está neste patamar. O Copom também sinalizou que as taxas de juros permanecerão altas por um longo período de tempo.
Ao final de 2023, as expetativas do mercado para a taxa Selic permanecem em 11,25 % ao ano. Dessa forma, o mercado financeiro continua esperando cortes de juros no próximo ano.
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Quais as metas de inflação do ano de 2022 e 2023?
O novo aumento nas projeções de inflação é o terceiro aumento consecutivo. Quanto maior a inflação, menor o poder de compra das pessoas, especialmente aquelas que ganham salários mais baixos. Como o preço do produto aumenta sem os salários misturados com esse crescimento.
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A meta de inflação para este ano, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5 % e é considerada cumprida se variar de 2 % a 5 %. O Banco Central vê grandes possibilidades de ultrapassar a meta em 2022, como aconteceu no ano passado.
Para atingir a meta o comitê de Política Monetária do banco Central (Copom) elevo ou baixa a taxa básica de juros, a Selic. Neste momento, a Selic está em 13,75 % ao ano, a maior taxa em seis anos.
Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25 %, e pode ser considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75 % e 4,75 %. De acordo com o Boletim Focus, a previsão para 2023 é estável em 4,94 %.
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