É comum perceber que quando alguém enfrenta desconforto físico ou recebe resultados de exames, a primeira reação é buscar informações online, muitas vezes recorrendo ao Google em busca de um diagnóstico preliminar. No entanto, com a disseminação crescente do ChatGPT em várias áreas, incluindo a saúde, há uma tendência de as pessoas recorrerem a essa ferramenta para obter respostas às suas preocupações de saúde antes mesmo de consultar um médico. Isso reflete a crescente popularidade da inteligência artificial no campo da saúde.
Contudo, é importante salientar que o ChatGPT não é uma fonte confiável para esse tipo de pesquisa. Em resposta a essa questão, um pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) elaborou um projeto visando utilizar a inteligência artificial em benefício da medicina. Abaixo, elucidaremos como esse projeto está sendo desenvolvido e como ele pretende operar.
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Uso do chatGPT
Inicialmente, é conhecido que a inteligência artificial do ChatGPT é multifuncional, abarcando uma gama diversificada de atividades, desde descobrir receitas até elaborar planos alimentares ou até mesmo compor poesias para a pessoa amada.
Atualmente, a abrangência da inteligência artificial é quase ilimitada, permitindo abordar praticamente qualquer tema. A facilidade de uso dessa ferramenta contribui significativamente para sua popularidade. Basta digitar uma pergunta e o ChatGPT fornece uma resposta instantânea. Esse modelo de pesquisa rápida começou a ganhar destaque no início de 2023.
Entretanto, o boom do ChatGPT resultou em uma proliferação de consultas relacionadas à saúde, o que levanta preocupações, dado que a ferramenta nem sempre fornece respostas precisas.
Diante desse cenário, Henrique Lima, cirurgião geral e doutorando da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), compartilhou sua perspectiva sobre o uso do ChatGPT para esclarecimentos médicos em uma entrevista ao portal R7. Confira suas considerações a seguir.
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Pesquisador da UFMG Henrique Lima faz alerta sobre mal uso da ferramenta
Quando a ferramenta ChatGPT ganhou popularidade global, Henrique Lima, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), estava nos Estados Unidos. Nesse período, ele expressou suas preocupações, especialmente em relação ao uso generalizado da inteligência artificial na área da saúde.
“O paciente por definição, ele não é um técnico no assunto. Então ele vai assumir aquela resposta que ele tem, como sendo digna de confiança” afirmou.
Quando surge a curiosidade de compreender os resultados de um exame ou de identificar a causa de determinados sintomas, muitas pessoas buscam respostas no Google e, mais recentemente, no ChatGPT.
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Durante uma simulação conduzida no ChatGPT, exploramos potenciais origens para febre e dor de garganta. Rapidamente, a ferramenta listou diversas causas prováveis e até mesmo sugeriu medicamentos para o tratamento dos sintomas.
No entanto, Henrique alerta “às vezes ele te dá uma informação que é inventada! A gente não sabe exatamente de onde que ele busca essa informação. Então essa informação pode ser buscada, por exemplo, em um artigo científico, às vezes já ultrapassado”.
Uma professora do curso de ciência de dados do IBMEC diz que não é possível garantir que qualquer resposta seja 100% assertiva. “Por que o banco de dados, não existe uma curadoria em cima do banco de dados que o chatGPT utiliza. Para isso teríamos que ter um banco de dados especialista para que a partir dele a gente tivesse 100% de certeza que todas as informações ali estão corretas. Hoje qualquer um pode colocar qualquer tipo de informação na internet.”
Adaptação da inteligência artificial na saúde
Na faculdade de medicina da UFMG, Henrique lidera um estudo sobre a precisão das informações fornecidas pela ferramenta. Esse projeto de pesquisa foi selecionado como um dos ganhadores de uma bolsa financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates.
Para dar início ao estudo, a equipe desenvolveu uma metodologia para avaliar a eficácia das respostas do ChatGPT, que é gratuito e disponível em várias línguas.
“nós vamos fazer perguntas ao chatGPT, e as respostas que a gente obtiver, nós vamos passar por uma curadoria, e avaliar diferentes tópicos de qualidade, e pedir para especialistas na área ajudar nessa avaliação de qualidade.” Explicou Henrique Lima quanto ao estudo.
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A fase inicial do estudo conduzido pela UFMG está programada para ser concluída neste mês de março. Será apresentada uma análise das respostas geradas pelo site, com ênfase na saúde materna. Posteriormente, os especialistas iniciarão o treinamento de um novo modelo de inteligência artificial, com o objetivo de fornecer assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Dentro do Brasil, nós estamos trabalhando para trazer essa linguagem em português para chegar em pacientes que não tem acesso ao que a gente chama de medicina particular […] Ou então, pacientes que nem acesso ao SUS tem.” afirmou Henrique.
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