A aposentadoria continua sendo um dos maiores sonhos de quem já trabalha há muito tempo e contribui para o INSS. Um estudo recente não traz boas notícias para quem pretende se aposentar.
A contribuição para o INSS é obrigatório para servidores públicos e trabalhadores CLT. É a partir daí que os cidadãos têm acesso aposentadoria e eles finalmente poderão descansar. Contudo, este acesso nem sempre é fácil e o valor recebido pode ser assustador.
Segundo estudo da consultoria Mercer, mais de 70% dos planos de previdência não acumulam recursos para uma aposentadoria digna. Foram analisados 665 planos.
Esta é uma informação importante e ao mesmo tempo preocupante, porque muitas despesas aumentam durante a reforma, por exemplo para compra de medicamentos.
Menor valor da pensão
Esta falta de recursos nos fundos se deve a baixa contribuição isso se refere não apenas ao valor recebido pelos contribuintes, mas ao número de pessoas que contribuem.
Isso ocorre porque atualmente há mais pessoas recebendo pensões nesses planos do que contribuindo para os pagamentos mensais. Entre outras coisas, se se mantivessem as percentagens atuais, o valor da pensão seria 40% inferior ao último salário. É importante lembrar que esta pesquisa, apresentada pelo Valor, avaliou planos de previdência privada.
O cenário anterior era representado pelos planos de contribuição definida (CD), adotados desde 1995 e que não oferecem garantia de renda. Dos 246 planos de previdência desta categoria, apenas 21,1% têm recursos suficientes para garantir uma pensão digna.
Uma das ações que poderiam ser tomadas seria a aumento no valor da contribuição o que depende de uma melhor educação financeira. O cenário pode não parecer promissor, mas os planos de previdência privada continuam sendo apontados como a melhor alternativa para quem quer se aposentar recebendo mais.
Ter uma pensão digna significa ter acesso aos recursos necessários para uma boa qualidade de vida. O que está diretamente ligado ao valor recebido do benefício. Em 2023, um idoso precisava receber R$ 2.995 por mês para ter uma pensão digna.
Com esse valor poderiam, por exemplo, comprar alimentos, remédios e pagar as contas em dia. Basta olhar o valor para perceber que o piso do INSS está longe disso. Para receber uma anuidade nesta faixa de valor, o segurado teria que pagar uma contribuição entre R$ 105,90 e R$ 211,92,
Quanto contribuir para ter uma pensão digna?
Atualmente o INSS possui duas tabelas de contribuição, uma finalizada Empregado, Trabalhador Doméstico e Trabalhador Eventual:
Salário de contribuição (R$) | Taxa progressiva para fins de pagamento do INSS |
Até R$ 1.412,00 | 7,5% |
De R$ 1.412,01 a R$ 2.666,68 | 9% |
De R$ 2.666,69 a R$ 4.000,03 | 12% |
De R$ 4.000,04 a R$ 7.786,02 | 14% |
E outro focado em Colaborador individual, facultativo e microempreendedor individual – MEI:
Salário de contribuição (R$) | Avaliar | Valor |
R$ 1.412,00 | 5% | R$ 70,60 |
R$ 1.412,00 | 11% | R$ 155,32 |
R$ 1.412,00 | 12% | R$ 169,44 |
de R$ 1.412,00 a R$ 7.786,02 | 20% | Entre R$ 282,40 (salário mínimo) e R$ 1.557,20 (teto) |
É importante lembrar disso o valor da pensão é definido com base no cálculo de 60% do salário contributivo. Para os microempreendedores individuais, que têm parcela fixa de 5%, a pensão será igual a um salário mínimo.