Segundo o relatório divulgado pela Polícia Federal, que serviu de base para a operação realizada nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, contra o ex-presidente da nação, Jair Messias Bolsonaro, e seus ex-ministros aliados, foi confirmado que o grupo atuava em seis frentes distintas com o propósito de planejar uma tentativa de golpe de estado.
Até o momento, foram emitidos 33 mandados de busca e apreensão, além de 4 mandados de prisão preventiva. Ademais, foram aplicadas medidas cautelares, incluindo a proibição de comunicação entre os investigados durante o curso desta operação.
Bolsonaro: Tempus Veritatis
A operação que foi realizada na última quinta-feira, acabou chamada pela Polícia Federal de Tempus Veritatis, A Hora da Verdade em latim. Esta operação, acabou sendo autorizada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O ministro ordenou a entrega do passaporte de Bolsonaro e proibiu-o de se comunicar com os demais investigados. Na manhã de hoje, Filipe Martins, Marcelo Câmara e Rafael Martins, líderes das Forças Armadas vinculados a Bolsonaro, foram detidos.
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E quanto aos mandados de busca e apreensão, estes têm como alvo:
- Valdemar Costa Neto, presidente do PL – partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública;
- general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército;
- almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
- general Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
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- Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.
- Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército expulso após punições disciplinares;
- Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe encontrada com Anderson Torres;
- Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
- Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Eder Lindsay Magalhães Balbino, empresário que teria ajudado a montar falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas;
- Guilherme Marques Almeida, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;
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- José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese de Osasco;
- Laércio Virgílio;
- Mario Fernandes, comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral e era tido como homem de confiança de Bolsonaro;
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército;
- Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.
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