Os indivíduos da terceira idade no Brasil, embora constituam uma parcela da população com um alto número de hospitalizações devido à dengue, estão avançando lentamente em direção à imunização.
A autorização para a administração da vacina neste segmento específico ainda não foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão da agência baseia-se na insuficiência de dados abrangentes nos estudos apresentados pela Takeda Pharma, empresa responsável pela produção da vacina Qdenga.
Aqui, exploramos em detalhes o cenário da vacinação contra a dengue para os idosos e as implicações decorrentes da negativa da Anvisa.
Marco Histórico: Qdenga no SUS para Idosos
No mês de dezembro do ano anterior, o Ministério da Saúde incorporou a Qdenga à lista de vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa adição representou um avanço significativo, colocando o Brasil na vanguarda da oferta desse agente imunizante dentro do sistema de saúde público. No entanto, a limitação de faixa etária ainda está em vigor, excluindo os idosos dessa medida protetora.
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Desafios e Estratégias de Distribuição
Há uma década, a primeira entrega da Qdenga, recebida há cerca de dez dias, tem como público-alvo as crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. Essa abordagem visa prioritariamente os grupos mais propensos a complicações hospitalares decorrentes da dengue.
O Ministério da Saúde assegurou um total de 1,32 milhão de doses para os próximos dias, porém, a distribuição concreta para os idosos permanece envolta em mistério.
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Adicionalmente, o Ministério da Saúde firmou um contrato para a compra de 5,2 milhões de doses, que serão entregues em fases até novembro deste ano.
Essa quantidade corresponde ao suprimento total disponibilizado pela fabricante para o ano de 2024, e a distribuição entre os diversos segmentos populacionais é uma preocupação evidente.
Etapas de Vacinação: Idosos na Rota da Proteção
A campanha de vacinação está agendada para iniciar neste mês de fevereiro, focando inicialmente nas áreas consideradas endêmicas, o que engloba 521 municípios.
De acordo com as projeções do Ministério da Saúde, aproximadamente 3,2 milhões de indivíduos devem ser imunizados apenas neste ano. No entanto, a falta de uma definição explícita sobre a participação dos idosos nesse processo é um ponto de preocupação.
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Qdenga em Foco: Como a Vacina Atua contra a Dengue?
A eficácia da vacina Qdenga reside no uso de uma forma atenuada do vírus da dengue, ou seja, uma versão modificada que é incapaz de causar a doença.
Esta vacina é composta por quatro sorotipos distintos do vírus, e a sua administração é realizada em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas.
Eficácia Comprovada: Dados Clínicos da Qdenga
Os dados da avaliação clínica da Qdenga revelam uma taxa de eficácia de 80,2% contra a dengue, proporcionando um período de proteção de 12 meses após a administração das duas doses.
Embora esses resultados sejam encorajadores, a falta de informações específicas para os idosos suscita dúvidas quanto à segurança e eficácia da vacina nesse grupo etário.
Qdenga: Limitada aos 60 anos, Apesar da Aprovação
A vacina Qdenga, fabricada pela Takeda Pharma, obteve a aprovação da Anvisa em março de 2023, estando disponível em clínicas particulares a partir de julho do mesmo ano.
Entretanto, para a sua aplicação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é necessária uma revisão das prioridades estabelecidas, de forma a incluir os idosos nesse processo.
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Recusa da Anvisa: Segurança em Pauta
A decisão da Anvisa de negar a autorização para a vacinação de idosos com a Qdenga baseia-se na alegação de que os dados fornecidos pela Takeda Pharma não foram suficientes para avaliar a segurança do imunizante em indivíduos com mais de 60 anos.
A falta de informações específicas para essa faixa etária suscita preocupações sobre a eficácia e segurança da vacina para os mais suscetíveis à dengue.
Em resumo, a situação dos idosos em relação à vacinação contra a dengue no Brasil permanece incerta. Embora a Qdenga tenha sido aprovada e incluída no SUS, a recusa da Anvisa em autorizar sua aplicação em idosos levanta dúvidas sobre a eficácia da estratégia nacional de combate à dengue.
A esperança agora reside na revisão das prioridades na distribuição e na obtenção de dados específicos para os idosos, visando garantir a proteção desse grupo vulnerável diante da persistente ameaça da dengue. Até o momento, a vacinação para esse grupo permanece indefinida.
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