O atrito entre os funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os representantes do governo federal não é recente. Existe um descontentamento devido a acordos que foram feitos, mas não cumpridos completamente, além de críticas sobre a falta de estrutura, pessoal e incentivo.
Greve do INSS
Atualmente, em meio a negociações complexas, os servidores estão em greve há quase dois meses, e não há sinais claros de que a paralisação está próxima do fim.
Na última sexta-feira, as negociações entre sindicalistas e representantes do governo foram concluídas sem um acordo. A principal preocupação dos trabalhadores é que o orçamento para 2025, que será enviado pelo governo nas próximas semanas, pode não incluir um possível reajuste.
No dia 12, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, encontrou-se com representantes das entidades dos servidores para discutir as demandas da categoria. Durante a reunião, decidiu-se que o INSS irá abordar questões além das econômicas, que são de competência do MGI.
Impactos nos serviços do INSS
O INSS informou que, desde o início da greve, o número de solicitações de reconhecimento inicial de direitos aumentou de 1.353.910 para 1.506.608 em todo o país, o que representa um crescimento de 11,27%.
Além disso, quase 4.000 perícias médicas presenciais foram remarcadas e cerca de 100.000 pessoas não foram atendidas nas 1.572 Agências da Previdência Social.
Moacir Lopes, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos da Previdência, destaca que o movimento grevista ainda está longe de ser encerrado. O governo tem evitado enfrentar as principais demandas – afirma.
Situação das negociações
Diante dos impactos, o INSS solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a intervenção para que a força de trabalho seja restabelecida, exigindo que 85% dos servidores retornem às atividades, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
Rolando Medeiros, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Seguro Social, destaca que o INSS e o Ministério da Previdência estão enfrentando uma situação crítica. O término do programa de bônus para reduzir a fila gerou receio e descontentamento entre os servidores – afirmou o diretor.
Na quinta-feira, os médicos peritos do INSS chegaram a um acordo com o governo federal, que inclui a reestruturação da carreira desses profissionais. No entanto, para as demais categorias, ainda não há definições claras.
Balanço da grave feita pelos servidores do INSS
De acordo com o sistema de frequência dos servidores, até às 11h desta segunda-feira, 3.292 pessoas participaram da paralisação, o que equivale a 18,5% do total de servidores no Brasil. Com 1.572 Agências da Previdência Social no país, 183 estão atualmente fechadas.
Desde o início da greve, em 10 de julho, o número de pedidos de reconhecimento inicial de direitos aumentou de 1.353.910 para 1.506.608, representando uma alta de 11,27%. Além disso, quase 4.000 perícias médicas presenciais foram remarcadas e cerca de 100.000 pessoas não receberam atendimento.
Dessa forma, continue acompanhando a situação da greve dos servidores e como fica o atendimento do INSS até que o problema seja resolvido.
