A controvérsia em torno da ivermectina ressurge, desta vez como suposta panaceia para a dengue. Conforme comunicado do Ministério da Saúde, surge como um rumor espalhado, inclusive por alguns profissionais da saúde em suas plataformas digitais, porém carente de dados ou fontes que respaldem tal alegação.
Este fármaco, reconhecido por sua utilização como agente antiparasitário, foi promovido durante a pandemia de COVID-19 como parte de um protocolo precoce contra a enfermidade, porém sem comprovação de eficácia. A autoridade sanitária enfatiza que, à época, pesquisas já haviam demonstrado a ineficácia do medicamento no combate ao coronavírus.
“Para ficar claro: a ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença”, alertou o governo federal em nota. “Disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, concluiu. Confira o comunicado na íntegra.
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Para que é que serve ivermectina?
A Ivermectina destaca-se como um fármaco reconhecido por sua eficácia contra uma ampla gama de parasitas e helmintos. Seu mecanismo de ação é direcionado: ao paralisar a musculatura desses organismos, ocasiona sua eliminação e posterior expulsão do corpo.
É de suma importância ressaltar que a comercialização deste medicamento é estritamente regulada e requer prescrição médica. Graças ao seu extenso histórico de utilização por mais de quatro décadas, a ivermectina é considerada altamente segura.
Entretanto, é essencial praticar o uso responsável deste tratamento, aderindo estritamente às orientações médicas. Adote a dosagem apropriada e respeite o período indicado pelo profissional de saúde.
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Tratamento para a dengue
Conforme as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde, o protocolo oficial para o tratamento da dengue implica em uma avaliação minuciosa dos sintomas pelo médico, conduzida por meio de uma consulta direta com o paciente. Dependendo da gravidade do quadro clínico, o profissional de saúde poderá requisitar exames laboratoriais para uma análise mais aprofundada.
Para casos leves de dengue, as recomendações incluem repouso durante o período de febre, manutenção de uma adequada hidratação por meio da ingestão de líquidos, além da administração de paracetamol ou dipirona para o alívio de dores e febre. É imprescindível destacar que o paciente deve evitar o uso de ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, observa-se uma recuperação natural após aproximadamente 10 dias.
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“É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado”, reforçou o ministério.
O Ministério da Saúde destaca que as condutas clínicas recomendadas são fundamentadas em evidências científicas robustas, assegurando a segurança dos pacientes. Adicionalmente, ressalta que os medicamentos prescritos para o tratamento possuem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantindo sua qualidade e eficácia.
Vacina
Durante o ano de 2024, está programada a vacinação de aproximadamente 3,2 milhões de indivíduos contra a dengue no território brasileiro. Contudo, essa estimativa considera a capacidade limitada de produção das doses pela Takeda, empresa responsável pela vacina Qdenga.
O imunizante, que estará disponível ainda neste mês em 521 municípios selecionados, será administrado pelo sistema público de saúde a crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. Essa iniciativa visa resguardar a parcela mais jovem da população contra os perigos dessa doença transmitida por mosquitos.
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