Em meio a polêmicas e investigações, associações e sindicatos envolvidos na gestão de descontos em aposentadorias pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registram um considerável aumento de arrecadação. Desde a suspensão temporária de novas adesões, imposta devido a uma série de denúncias, o faturamento mensal dessas entidades atingiu impressionantes R$ 268 milhões em junho deste ano.
A situação vem ocorrendo mesmo após a revelação, via investigações jornalísticas e auditorias oficiais, de uma série de descontos indevidos realizados diretamente na folha de pagamento dos aposentados. Tais práticas resultaram em um crescimento acelerado do número de filiados e consequentemente do faturamento das organizações envolvidas.
O que levou ao aumento do faturamento dessas associações?
A despeito das medidas restritivas, os três meses seguintes à inauguração das investigações mostraram um avanço ainda maior na receita dessas entidades. Em maio, chegaram a registrar R$ 298 milhões em ganhos. Contudo, houve uma leve redução nos meses seguintes, culminando nos R$ 268 milhões já mencionados.
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Durante esse período, as associações enfrentaram vários obstáculos, incluindo uma decisão rigorosa do Tribunal de Contas da União (TCU) em junho, que pressionou o INSS a parar imediatamente com as novas filiações. A terminologia usada pelos ministros incluiu expressões fortes como “escabroso” e “de arrepiar” para descrever as descobertas feitas durante as auditorias.
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Quais foram os principais achados das auditorias?
As investigações trouxeram à tona uma realidade alarmante: algumas entidades, que começaram com apenas três membros, expandiram-se rapidamente, capitalizando milhões em poucos meses através dos descontos nas mensalidades. Durante uma checagem por amostragem, descobriu-se que vários filiados não haviam assinado qualquer documento, mas ainda assim sofreram descontos em suas aposentadorias.
Além dos impactos financeiros
Os resultados destas auditorias levaram a mudanças significativas dentro do INSS, como a exoneração de André Fidelis, o então diretor de benefícios. Fidelis era responsável por assinar os termos de cooperação que possibilitavam os descontos. Ele, que é servidor de carreira, foi especialmente visado devido às suas relações próximas com as associações; seu filho, por exemplo, é advogado e está bem conectado nesses círculos, chegando até a ministrar palestras sobre tais acordos.
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Interessante notar é que, por trás de várias dessas associações, encontram-se empresários do ramo de seguros e planos de saúde — os maiores beneficiados por esses acordos com o INSS. Os produtos oferecidos por essas empresas são exatamente os mesmos que prometem aos aposentados em troca dos descontos em suas aposentadorias.
Apesar das investigações e das ações tomadas, o espaço para manifestações continua aberto, aguardando respostas oficiais do INSS sobre o aumento recente no faturamento de tais entidades. A situação ainda está em desenvolvimento e promete mais desdobramentos nos próximos meses.
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