O uso da tecnologia está desempenhando um papel fundamental na tomada de decisões significativas para os trabalhadores brasileiros, principalmente no âmbito previdenciário. Nos meses de fevereiro, abril e maio deste ano, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confiou ao seu robô a concessão de quatro a cada dez pedidos de aposentadoria.
Contudo, essa abordagem tecnológica está sendo questionada, uma vez que tem levado a um aumento no número de recursos solicitando revisões de pedidos que foram inicialmente negados.
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Robô para analisar os pedidos de aposentadoria do INSS:
O INSS começou o processo de automatização em 2017 com a implementação do aplicativo Central de Serviços, que posteriormente foi substituído pelo MeuINSS, o canal principal de atendimento atual. Através deste aplicativo e do site, os pedidos de aposentadoria são realizados.
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Esse processo de automatização eliminou a necessidade de análise manual de pilhas de documentos, permitindo que o robô verifique os dados e o tempo de contribuição em segundos. No entanto, especialistas alertam que a tecnologia pode rejeitar pedidos devido à falta de documentos, não leva em conta o alto índice de analfabetismo digital entre os idosos e compromete o atendimento presencial para esclarecimento de dúvidas.
O uso do robô tem como pré-requisito que todos os dados estejam perfeitamente corretos, o que não reflete a realidade da maioria das pessoas devido a erros de cadastro. Isso tem resultado em um aumento no número de pedidos de revisão das decisões tomadas pelo INSS. Estima-se que a fila de aposentadorias contenha 1,7 milhão de pessoas, enquanto a fila de análises de tarefas pendentes atinja 7,6 milhões.
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Robô do INSS e concessão de benefícios:
Embora o robô do INSS mantenha a taxa histórica e conceda metade dos pedidos feitos na fase inicial, especialistas argumentam que o sistema deveria identificar os erros nos processos antes de negar um benefício, encaminhando a exigência para os segurados e permitindo a intervenção de um servidor humano para avaliar se o pedido de aposentadoria deveria ser negado ou não. Além disso, a falta de digitalização de registros de beneficiários e problemas de disponibilidade nos sistemas também são questões que precisam ser endereçadas.
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Apesar do investimento em tecnologia, o INSS é criticado por não resolver a questão da falta de servidores. A automação simplifica os processos, mas a contratação de mais servidores ainda é essencial para lidar com questões mais complexas. A tecnologia é uma ferramenta para melhorar o processo, mas não pode substituir completamente o elemento humano necessário para lidar com as nuances e desafios que surgem nos pedidos e análises previdenciárias.
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