Após receber informações sobre a associação de Alessandro Moretti a atividades de inteligência consideradas irregulares pela agência, o presidente tomou uma medida firme.
No último dia de janeiro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) formalizou a exoneração de Alessandro Moretti, ocupante do cargo de diretor-adjunto na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
A Polícia Federal está conduzindo uma investigação acerca das alegadas práticas de espionagem ilegal realizadas pela agência durante o período em que Alexandre Ramagem, atualmente deputado pelo Partido Liberal do Rio de Janeiro, ocupava a posição de diretor do órgão durante o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente, figura entre os indivíduos sob escrutínio.
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A exoneração foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial. Em nota, a Casa Civil informou que Marco Aurélio Chaves Cepik, servidor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é o novo diretor-adjunto do Abin. Cepik já foi designado para o cargo de presidente da República desde 30 de março de 2023.
Cepik desempenha a função de professor titular de Relações Internacionais e Política Comparada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Paralelamente, desde abril de 2023, ele assumiu o posto de diretor da Escola de Inteligência da ABIN em Brasília. Em 2001, concluiu seu doutorado em ciência política com a tese intitulada “Serviços de Inteligência: Agilidade e Transparência como Dilemas de Institucionalização”..
“A gente nunca está seguro. O companheiro que eu indiquei para ser o diretor-geral da Abin [Luiz Fernando Corrêa] foi meu diretor-geral da PF de 2007 a 2010. É uma pessoa que eu tenho muita confiança, e por isso chamei, já que eu não conhecia ninguém da Abin”, disse.
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Neste momento, a Polícia Federal está conduzindo uma investigação para averiguar a possibilidade de a Abin ter realizado monitoramento de dispositivos móveis por um extenso período, englobando uma variedade de indivíduos, como funcionários, advogados, policiais, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal. Os dados indicam que pelo menos 33.000 acessos de localização foram registrados ao longo do período investigado. A PF suspeita da existência de uma possível colaboração ilícita entre as partes envolvidas.
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Divulgação das evidências:
Na quinta-feira, 25 de janeiro, a Polícia Federal tornou público que descobriu indícios de uma possível colaboração entre membros da gestão atual da Abin e indivíduos sob investigação por autoridades competentes. A PF menciona uma conversa entre Moretti, que na época ocupava o cargo de diretor-geral da agência, e agentes sob investigação, datada de 28 de março, em um relatório enviado ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
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Moretti, que agora está afastado, teria dito que o processo tem “fundo político e iria passar”. Além disso, teria afirmado ter recebido “apoio lá de cima”. A conversa incluiu o atual diretor-geral, Luis Fernando Correa, que estava presente, mas ainda não havia assumido o cargo.
“A gravidade ímpar dos fatos é incrementada com o possível conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin, cujo resultado causou prejuízo para presente investigação, para os investigados e para própria instituição”, diz trecho do documento.
ENTENDA ENTÃO: Moraes autorizou a operação da PF iniciada na 5ª feira, 25 de janeiro, para investigar a suposta espionagem ilegal realizada pela Abin. Ramagem é um dos objetivos. Deixando o cargo para concorrer a uma eleição para a Câmara dos Deputados, ele liderou o órgão durante a gestão de Bolsonaro, de julho de 2019 a março de 2022.
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